Ontem participei da gravação do programa TV CIOESTE Mulher, a convite da Luciana Ribeiro. O episódio foi gravado na TV Osasco, uma parceria entre as entidades. Fui convidada a falar sobre a importância da memória como patrimônio. Cada personagem tem sua história interligada com os lugares que reside, empreende, frequenta e vai construindo seus laços no território dos seus passos. É conexão de raiz, identidade, acontecimentos, fala, escuta e vivências.
No projeto Conecta Analice, ouvir e dar voz as narrativas da
avenida tem sido uma experiência aprendiz. Nas visitas, andanças, diálogos
e no podcast, a descoberta de detalhes da história de cada pessoa que tem
participado desse enredo, revela a grandeza que habita em cada narrativa e a
força do empreendedorismo como fio condutor de vínculos com a cidade. Nascer,
crescer e empreender no lugar que você ama tem uma potência gigante.
Até mesmo quem aqui não nasceu, como é o meu caso e o de
tantos que migraram, a construção de nossas memórias nesse espaço urbano que
vivemos, fortalece o sentimento de pertencimento e o desejo de conhecer e
valorizar aquilo que está tão perto e, muitas vezes, tão desconhecido de muitos.
Do desejo de ampliar a proximidade real com os personagens da avenida e convidar
as pessoas a enxergarem o que está ao nosso lado, nasceu o projeto que temos conduzido
com muito afeto.
A avenida pequena e grandiosa, tem a diversidade e
longevidade como marcas de muitos estabelecimentos. A via que carrega o nome de
uma mulher, uma jovem da família Sakatauskas, que tragicamente faleceu aos 19
anos em um acidente quando fazia romaria para Pirapora do Bom Jesus, deixou seu
legado na história do município, com a bondade que semeou nas visitas aos
doentes para levar o conforto da oração. Sua morte causou grande comoção e ela
recebeu essa justa homenagem, eternizando seu nome em Osasco.
Muitas vezes ao pronunciar o nome Analice Sakatauskas para
explicar a localização da avenida, sou interrogada se o nome é japonês, eu digo
que não, que é de origem Lituânia. Sim, a família Sakatauskas é uma das tantas
imigrantes que vieram para São Paulo, primeiro se estabeleceram em Pompéia e
depois vieram para fincar suas raízes em Osasco. Quem aí lembra do saudoso Papai
Noel do Osasco Plaza Shopping, o Sr. Vitautas? Irmão da Analice. O Papai Noel da
infância da minha filha e irmão caçula e de muitos osasquences.
Gratidão a Avenida Analice Sakatauskas que tem sido palco
desse enriquecedor entrelaçar de histórias e memórias, uma iniciativa dos irmãos,
eu, a primogênita, e meu irmão caçula, o osasquence Henrique Neto.
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