sábado, 6 de abril de 2024

ônibus da Analice

Eu já peguei muito ônibus nesse ponto que ilustra essa postagem. E sou do tempo do nome da linha. Hoje as pessoas costumam perguntar pelo número. Confesso que estranhei muito quando me perguntaram a primeira vez: sabe se nesse ponto passa o 007? A pergunta me pegou de surpresa. E tive que perguntar sobre o destino para responder. Eu que tantas vezes peguei o ônibus para descer no largo e seguir de trem, desconhecia que o JD Veloso/Largo de Osasco tinha essa numeração. Desde então comecei a ficar atenta a esse detalhe.

O itinerário das linhas de ônibus que passam pela Analice Sakatauskas é diverso. A partir dos ônibus que passam na avenida você consegue chegar aos terminais da cidade como o central do Largo de Osasco, o Terminal da Vila Yara e as estações de trem da CPTM do Centro, Comandante Sampaio, General Miguel Costa e Quitaúna.

As linhas municipais são operadas pela Viação Osasco. Da Analice você chega na Vila Yara e de lá tem inúmeras linhas para diferentes bairros de São Paulo e outros municípios da zona oeste. São duas linhas, o 001 Jardim Veloso/Vila Yara e tem também o 006-2 Terminal Santa Maria/Vila Yara via Jd. Belmonte. E tem também a linha 035 Vila Yara/Pq Palmares que passa por um trecho da Analice Sakatauskas.

Para quem precisa descer no Largo de Osasco, as opções são 007 – Jd Veloso/Vila Yara. O retorno é o 007-1. Tem também o 028 Jd Veloso/Lgo de Osasco circular Padroeira Analice vice e versa. A avenida também é atendida pela 033 – Jd Santo Antonio/Jardim D' Ávila. O 033 faz um tour pela cidade.

Temos também as linhas intermunicipais. Precisa ir para Alphaville? Tem o 466 Osasco Conjunto dos Metalúrgicos e vai até Barueri Alphaville Green Valley, via Carapicuíba. Outra opção é 466EX1 Terminal Santa Maria para Barueri Alphaville Green Valley via Osasco. O retorno é o 466EX2. 

Para consultar informações sobre essas linhas acesse o site da Viação Osasco sobre as municipais e EMTU para as intermunicipais. Outra opção é baixar o APP para acompanhar em tempo real.

Vem conhecer a diversidade do comércio da Analice Sakatauskas!

sexta-feira, 22 de março de 2024

A feira de domingo

Eu era bem pequeno quando já sabia que domingo chegava pastel da feira em casa. A família toda comia e cada um tinha o seu sabor. A primeira casa que lembro de morar era perto da rua da feira. Conforme os anos passaram eu fui mudando de casa de novo e de novo, por vezes para mais longe e por outras de volta para perto da feira. E mesmo quando já nem morava mais em Osasco, se voltava para a cidade aos domingos eu passava na feira para comprar pastel. Nesses tempos eu já ia com o meu filho, um bebê de um ano dando seus primeiros passos e mordiscando o pastel como conseguia (nem comia um todo). Lembro também de ir à feira para comprar todas as frutas e verduras que ele comeria na semana, e me sentir como a minha mãe que havia feito o mesmo por mim.


Minha mãe ia (e ainda vai) na hora da xepa e voltava para casa com mais frutas e legumes na sacola do que cansaço no seu corpo, por mais contraditório que isso soe. Boa parte da comida da semana nascia dessa ida à feira. O suco de maracujá que acompanhava as nossas refeições. A cenoura para o bolo que a minha irmã fazia. A banana no prato com arroz e feijão quando faltava dinheiro para a carne. Ainda hoje se a minha mãe não vai à feira algum domingo, sente falta.

Antes de ir com o meu filho, eu uma criança ia às vezes junto com a minha mãe. Ela me comprava brinquedo todo domingo e quando não podia, eu chorava, mimado que era. E no quando que morei por mais tempo e o mais perto da feira eu ia sempre comprar pastel com o cachorro da família, Cacau, que de tão magro passava pelo vão das grades do portão para ir e vir como bem quisesse. Eu era já um adolescente, acordava domingo cedo e o Cacau já me esperava porque até os cachorros do bairro sabem quando é dia de feira na Analice. Paciente e do meu lado na barraca de pastel me deixava comer sem pedir por nada, mas aceitando os pedaços que eu dava. Voltávamos para casa juntos, não sem antes passar na banca de jornal, hoje fechada, para comprar alguma coisa para ler no dia.

Hoje eu vou para a feira com meu cachorro (outro), o Cosmo. Passo em uma barraca de pastel para o meu e em outra para a porção de mini pastéis que meu filho, já um menino de doze anos, gosta. Eu vou cedo então ele me espera dormindo em casa, e quando eu chego ele já sabe que eu chego com pastel da feira, porque é domingo. E acorda me perguntando se lembrei de comprar caldo de cana também.

sexta-feira, 8 de março de 2024

Personagem Mulher da Analice

Conheci muitas mulheres aqui na Analice Sakatauskas, no comércio, moradia e na feira livre de domingo. Empreendedoras, moradoras e personagens que tecem laços por aqui. Hoje, em nome das mulheres da avenida, que tem o nome em homenagem a uma mulher que marcou sua história na memória de Osasco, eu escrevo essa publicação homenageando minha mãe, uma moradora que segue prestigiando o comércio do seu bairro.

O primeiro trabalho de minha Mãe, quando chegou aqui em Osasco vinda do sertão de Pernambuco, foi nesta avenida, na Tunoda Imóveis que ficava no 868. Foram 12 anos trabalhando na imobiliária. Em nossa vila de Osasco, no Bela Vista, já somamos 35 capítulos conectando relações. O irmão caçula já nasceu aqui. Seus netos aqui nasceram também.

Em uma das visitas do projeto Conecta Analice, a um dos comércios mais antigos da avenida, a Vidrocéu, fui atendida pela Luciana que hoje está a frente do negócio. Depois do pedido fechado, iniciamos um diálogo sobre minha mãe. Luciana, desde adolescente trabalhava com seu pai e certo dia o acompanhou até a Tunoda para apresentar um orçamento. Lá ela conheceu minha mãe que já atuava como copeira: “gente eu vejo sua mãe passando aqui na avenida e lembro dela desse tempo.”

E minha mãe segue circulando por aqui. Conhece muita gente da avenida e bairro. Dona Fátima, como é chamada, adora a feira de domingo e prefere comprar tudo aqui na Analice ou C Costa, como ela chama. Dizem que ela tem rodinhas nos pés. Se for muito necessário ela vai ao Centro, ou como ela diz: “Vou em Osasco”. Uma referência a região central onde ela também trabalhou por muitos anos.

Nesse 08/03, Dia Internacional das Mulheres, eu homenageio minha Mãe, uma Mulher divorciada, alegre, generosa, ligeira, bondosa, mãe de cinco filhos, que mesmo aposentada, segue trabalhando. Ela que é puro movimento, gosta mesmo é de comprar no comércio local, tudo perto, ao alcance dos seus passos. Acompanhar ela nas andanças pela avenida exige fôlego. Na feira do domingo então, é gratificante observar mãe sendo cumprimentada e sentir sua risada ecoando entre as bancas.

Mãe, Maria de Fátima, é personagem da Analice. Eu, sua filha, também Maria, só que Ivone, tenho orgulho e gratidão em ser comerciante da Avenida da cidade que nos acolheu. Seguimos na construção de nossas histórias. Somos de OZ!

Viva as Mulheres de Osasco e do Mundo!

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Memórias da avenida 1

São 35 anos circulando pela avenida Analice Sakatauskas. Nesse percurso de décadas eu colecionei muitas memórias. O texto de apresentação pincelou nuances dessa chegada e permanência. Dentro desse percurso muitos estabelecimentos conheci, vi nascer, desaparecer e mudar. Tem alguns locais que os antigos, como são chamados os que por aqui estão desde sempre, ou como se diz na minha terra: “desde que eu me conheço por gente”, sempre usaram como referência para indicar a localização, que hoje se passa em instantes pelo zap.

Um deles é a esquina da Analice com a Rua José Cid Stella, na altura 867, onde está sendo erguido o segundo prédio da avenida. É também o cruzamento com a Rua João Hoffman, e o início ou final da feira de domingo, dependendo do seu trajeto. No meu caso, é onde sempre começa, pela banca do caldo de cana. Neste local do futuro Helbor New Patteo Osasco, já passaram duas concessionárias. A Fiat Udivel, onde nossa família comprou o primeiro e único automóvel zero. Depois veio a passagem da Itavox, da Volkswagen.

Citei referência de lugar no primeiro parágrafo porque muitas vezes ouvi e disse: Travessa da Analice, na esquina da Fiat Udivel. Ou quando mudou a marca: moro perto da Concessionária Itavox. Logo adiante falarão: moro no Helbor na esquina da Analice. Pela grandeza da construção, que já faz sombra na calçada oposta, o prédio se tornará um ponto forte da localização, tanto da Analice como da Hirant Sanazar, a avenida irmã lateral. A futura morada Helbor, também abrigará um Mall no térreo. Um centro comercial que atenderá os moradores dos apartamentos e também do bairro.

“É a avenida crescendo.” Ouvi recentemente. O desenvolvimento segue no ritmo turbo. Voltando para a localização, apesar da tecnologia ser altamente favorável, ainda tenho clientes que preferem o jeito antigo, como eles mesmos falam. Anotam o endereço informado ao telefone ou, mesmo quando pedem pelo WhatsApp, solicitam por escrito e pedem uma explicação de como chegar. Um deles, durante o atendimento presencial, cuja conversa também girou em torno das diferenças do ontem e hoje, enveredando sobre os valores que devem permanecer, fez um comentário que vale refletir:

“não sou contra tecnologia, ela é fundamental atualmente. A forma como utilizamos é que faz diferença. Tem empresas e pessoas tão robotizadas, centradas no sistema, que esquecem que lidam com pessoas. E isso vai aborrecendo e estragando as relações.” Sua fala me fez lembrar de outra colocação de um motorista do Uber sobre o aplicativo de mapas: “ficamos tão ligados nessa tela que não visualizamos mais a beleza e detalhes das vias que circulamos. Olha como esse canteiro central é bonito.” Ele falava das muitas árvores que margeiam o córrego Bussocaba na Hirant Sanazar.

Concluo esse texto 1 de memórias da avenida, refletindo sobre as referências dos lugares que andamos e de como essa perda de visão da janela, quando estamos sintonizados apenas na tela do celular dentro do carro, nos faz perder essa leitura dos cenários das ruas e avenidas das cidades que moramos ou visitamos. Isso também vale para quando caminhamos, eu ainda conservo o hábito de andar contemplando. E se alguma cena capta meu olhar, tiro o celular da bolsa e registro, como na imagem que ilustra essa postagem. E você, quais referências do seu caminho anda memorizando?

Eu sou, Ivone, também Maria, do tempo da Udivel, da Itavox e de outros ícones tradicionais da Analice Sakatauskas. O ciclo da mudança é perene na teia do tempo e é nele que temos espaço para seguir colecionando memórias. Até o próximo relato.

esquina dos meus passos em OZ

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Passos de OZ

Aos 14 anos, desembarquei na Rodoviária do Tietê. Depois de 15 dias em São Paulo, viemos para Osasco. Já se passaram 35 anos desde que nossa família foi abrigada na casa de um tio, na viela entre a Rua João Hoffman e Luís de Souza, travessas da Avenida Analice Sakatauskas. A cidade nos acolheu, uma família de migrantes nordestinos como tantas outras que aqui se fixaram. No Bela Vista nossa família fincou raízes.

Osasco é também chão de tantos outros imigrantes como os italianos que fundaram a vila de outrora, os armênios, portugueses, japoneses, lituanos e outros que seguem nessa teia do tempo que mescla passado, presente e futuro. Aqui plantamos as sementes que seguem gerando frutos nas conexões da minha trajetória. Sempre digo que sou do Sertão e de Osasco, nesse entrelaçar de memórias afetivas dos laços que aqui nasceram e seguem florescendo.

Quando me indagavam onde eu morava e eu respondia Osasco, lembro das muitas vezes que ouvi: “Nossa! Osasco é feia e perigosa”, “Não tem nada em Osasco”, “Que lugar ruim de morar”, além de outras colocações que não merecem ser citadas. Eu me limitava a responder que gostava da cidade. A facilidade de acesso para São Paulo foi e segue sendo uma vantagem. Eu descia do trem, vindo da capital onde trabalhava, cruzava o calçadão da Antonio Agú ou subia a Primitiva Vianco, muitas vezes parava para rezar na igreja Matriz e seguia caminhando pela Avenida Santo Antônio ou outras ruas para chegar no Bela Vista. Sempre mudava o percurso para ir apreciando as ruas ...sigo nesse roteiro de afeto por OZ.

Tenho orgulho de pertencer a Osasco. Ao longo dessas décadas observei a cidade crescer. A localidade dormitório e industrial foi passando por gerações e mudanças. Hoje é um polo comercial que oferece variados produtos e serviços, conta com grandes empresas da área de tecnologia e outros segmentos que impulsionam uma das economias de destaque do estado e do país. Osasco se consolidou como um município com potencial turbo.

Recebo clientes que visitaram OZ há muito tempo e ao retornar à cidade se surpreendem com o desenvolvimento que aqui encontram. Claro que, assim como outras cidades da região metropolitana, temos muitos desafios pela frente em áreas como segurança, meio ambiente, educação, saúde e diferentes contextos. Há espaço para avançar e oferecer cada vez mais oportunidades para melhoria contínua da qualidade de vida. Prestes a comemorar seus 62 anos de emancipação, Osasco tem muita história para ser conhecida e valorizada, muitas conquistas para celebrar e um horizonte para evoluir.

Aqui eu cresci, tenho amigos memoráveis, casei e tive minhas três gestações. Durante uma delas, nasceu também a empresa que segue trilhando o caminho empreendedor. No 1004 da Analice Sakatauskas, a avenida do meu pré-natal, está localizada a empresa que constituímos, no bairro que tem Bela Vista como nome, na cidade que segue acolhendo meus passos e sonhos.

 Te amo, Osasco. Ivone Maria, uma personagem de OZ.

O projeto

Um projeto com a missão de mapear, indicar e conectar os comércios, empresas, profissionais e serviços localizados na Avenida Sakatauskas. O propósito é valorizar e aproximar os empreendedores do bairro para potencializar nossos negócios.

A Avenida Analice é pequena e grandiosa. Conhecer os comerciantes, empresários e personagens presentes no cotidiano da avenida e do bairro é uma oportunidade para ampliar nossa rede de contatos e descobrir muitas histórias enriquecedoras.

O Conecta Analice tem a proposta de criar um movimento colaborativo e fortalecer o empreendedorismo e participação da comunidade. Te convido a participar. Envie sua sugestão, colaboração e dúvidas para o e-mail analiceconecta@gmail.com