Conheci muitas mulheres aqui na Analice Sakatauskas, no comércio, moradia e na feira livre de domingo. Empreendedoras, moradoras e personagens que tecem laços por aqui. Hoje, em nome das mulheres da avenida, que tem o nome em homenagem a uma mulher que marcou sua história na memória de Osasco, eu escrevo essa publicação homenageando minha mãe, uma moradora que segue prestigiando o comércio do seu bairro.
O primeiro trabalho de minha Mãe, quando chegou aqui em Osasco vinda do sertão
de Pernambuco, foi nesta avenida, na Tunoda Imóveis que ficava no 868. Foram 12
anos trabalhando na imobiliária. Em nossa vila de Osasco, no Bela Vista, já somamos
35 capítulos conectando relações. O irmão caçula já nasceu aqui. Seus netos
aqui nasceram também.
Em uma das visitas do projeto Conecta Analice, a um dos comércios mais antigos
da avenida, a Vidrocéu, fui atendida pela Luciana que hoje está a frente do
negócio. Depois do pedido fechado, iniciamos um diálogo sobre minha mãe.
Luciana, desde adolescente trabalhava com seu pai e certo dia o acompanhou até
a Tunoda para apresentar um orçamento. Lá ela conheceu minha mãe que já atuava
como copeira: “gente eu vejo sua mãe passando aqui na avenida e lembro dela
desse tempo.”
E minha mãe segue circulando por aqui. Conhece muita gente da avenida e bairro.
Dona Fátima, como é chamada, adora a feira de domingo e prefere comprar tudo
aqui na Analice ou C Costa, como ela chama. Dizem que ela tem rodinhas nos pés.
Se for muito necessário ela vai ao Centro, ou como ela diz: “Vou em Osasco”.
Uma referência a região central onde ela também trabalhou por muitos anos.
Nesse 08/03, Dia Internacional das Mulheres, eu homenageio minha Mãe, uma
Mulher divorciada, alegre, generosa, ligeira, bondosa, mãe de cinco filhos, que
mesmo aposentada, segue trabalhando. Ela que é puro movimento, gosta mesmo é
de comprar no comércio local, tudo perto, ao alcance dos seus passos.
Acompanhar ela nas andanças pela avenida exige fôlego. Na feira do domingo então,
é gratificante observar mãe sendo cumprimentada e sentir sua risada ecoando
entre as bancas.
Mãe, Maria de Fátima, é personagem da Analice. Eu, sua
filha, também Maria, só que Ivone, tenho orgulho e gratidão em ser comerciante
da Avenida da cidade que nos acolheu. Seguimos na construção de nossas histórias. Somos de OZ!
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